segunda-feira, 21 de maio de 2012

Maria Gadú: "Inspiro-me em estar viva"


Maria Gadú volta esta semana aos coliseus, numa actuação que inclui um dueto com o fadista Marco Rodrigues. Lisboa recebe-a quinta-feira e actua sábado no Porto

Correio da Manhã – Escreveu o tema ‘Shimbalaiê’ quando tinha apenas dez anos. A quem o mostrou ou cantou primeiro?
Maria Gadú – Mostrei o tema primeiro ao meu irmão, que estava comigo!
– Muitas das suas músicas têm um lado bastante introspectivo e ao mesmo tempo funcionam co-mo um espelho do que a rodeia. Em que se inspira para compor?
– Em tudo. Não crio histórias... Vivo-as. Tudo parte daquilo que consigo sentir de verdade, que vivo e vejo. Inspiro-me em estar viva, com a linda oportunidade de colocar para fora tais coisas em forma de músicas.
– Fez vários espectáculos ao lado de Caetano Veloso, chegando mesmo a gravar um CD e um DVD. Qual foi a sensação de actuar ao lado de uma lenda como esta?
– A melhor possível. Caetano é e sempre será um grande ídolo em inúmeras formas. Estar ao seu lado, compartilhar músicas, estrada e vivências foi espectacular e maravilhoso.
– Também tocou com o cantor Eagle-Eye Cherry. Como surgiu essa oportunidade?
– Ele convidou-me para participar no seu DVD, que seria gravado no Rio de Janeiro. Fiquei surpreendida e muito feliz com o convite, já que gosto muito das suas músicas. Foi incrível!
– Escolheu o fadista Marco Rodrigues para fazer a primeira parte dos seus concertos nesta última digressão. Qual a sua ligação com o fado? Porquê Marco Rodrigues?
– Não escolhi Marco Rodrigues. Fui escolhida por ele! A música dele chamou-me de tal forma que quando pensei em gravar ‘A Valsa’ tive a impressão que compus o tema para ser cantado por ele. Ele é encantador. Amo fado. Quem me apresentou a maior parte foi ele e os companheiros do Café Luso, em Lisboa.
– Aparenta ser bastante efusiva e espontânea, com um look alternativo, mas quando canta mostra um lado mais sensível e calmo. Convive bem com os opostos?
– Tenho que conviver bem com tudo que faz parte de mim.
– Esteve recentemente em Portugal. Qual é a sua relação com o nosso país e o nosso público?
– A relação é primordial, até à paixão pela cultura que vim a conhecer quando estive pela primeira vez em Lisboa.

- Correios da Manhã -

Nenhum comentário:

Postar um comentário