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a noite de quarta feira (24) o
Miranda abriu suas portas para mais uma edição do Projeto Trampolim ,comandado
por Marcos preto , recebendo como convidada a cantora Maria Gadú.
Maria surge despojada de short e
tênis, dando início ao bate–papo.
Perguntada sobre a energia que
contagia o público quando a canção Dona Cila é interpretada, Maria descreve sua
relação com a avó, seus hábitos, a presença marcante e a influência musical que
recebeu durante toda sua convivência com Dona Cila. Uma ligação tão forte não
renderia nada menos que algo emocionante .
Caetano não poderia ficar de fora
da pauta da noite. A música “Quereres” vem desde a infância como algo marcante,
apesar da complexidade de sua letra. Quando mais tarde todo esse sentido é
discernido resolve tatua-la e considera a canção como algo que a define.
A parceria com Caetano veio com a
inauguração de uma sala da GLOBOSAT, onde cada um apresentaria suas canções e
algumas seriam em conjunto. Com a rotina dos ensaios nasceu uma relação de amizade,
com clima leve que gerou a turnê.
Caetano não foi o único grande
nome relacionado na conversa. Milton Nascimento; que estava presente na plateia
teve grande importância em sua vida. O considera, a voz; e despertou boa parte
do seu interesse musical.
Atualmente Maria Solidária esta
entre as canções do repertório de sua turnê, não por conter o nome Maria, mas
por remeter as boas lembranças da infância. Assim como Caetano o contato frequente
serviu para estreitar laços. Quem sabe não venha uma parceria musical desse
encontro.
Fotos de diferentes fases da vida
da cantora foram mostradas e comentadas, desde a infância às apresentações em
barzinhos.
Maria comenta o fato de hoje
quase não se apresentar sentada em banquinhos e brinca que agora toca em pé e
se solta mais que antes.
As fãs que a acompanham podem
ficar tranquilas quanto à reação quando a conhecem, as cartas e atitudes muito
emocionadas, pois cita sua admiração e que já fez coisas do tipo pela cantora
Marisa Monte. Relembra o episódio de ter entregue uma carta antes de se tornar
uma pessoa pública e depois morrer de vergonha
em reencontra-la .
A polêmica canção Shimbalaiê foi composta
de maneira repentina, remete a boas coisas e uma pureza da infância, que hoje é
relembrada com carinho, uma canção que guarda algo muito especial.
Para sua segunda composição
existe um espaço enorme, que de acordo com suas memórias seria “Nosso altar
particular”.
Conta das amizades e a
importância desse apoio sempre presente em sua vida.
Em depoimento gravado, Leandro
Léo se faz presente de forma emocionante, onde diz da importância da relação
construída pelos dois, do apoio em momentos bons e ruins e principalmente por
estar presente no nascimento de seu álbum solo.
Com tantos talentos a cercando o
filme “Teus olhos meus”, do seu grande amigo Caio Sóh é citado por ter sido
feito de forma independente e trazer canções de muitos amigos. Na composição da
trilha sonora, surge o instrumental de Like a Rose que ganha letra
posteriormente em parceria com Jessy Haris.
A conversa caminha para o fim e
uma divertida senhora pede que cante “Quem”, música que faz parceria com Lenine
e esta no álbum “Mais uma página”, Maria atende ao pedido e escolhe encerrar
com uma canção que a acompanha desde a época dos bares e se faz fundamental
quando surgem polêmicas a respeito de seu trabalho, coisas como ser um produto
da mídia ou as comparações com outras cantoras que possuem estilos parecidos.
Como um desabafo sobre esses questionamentos,
fecha a noite ao som de “A estrada” da banda Cidade Negra.
As canções da noite:
·
Dona Cila
·
Quereres
·
Maria Solidária
·
Diariamente
·
Shimbalaiê
·
Nosso Altar Particular
·
Like a Rose
·
Quem
·
A Estrada
- Texto: Membro Escudos da Gadú - Ana Penna -
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