terça-feira, 30 de abril de 2013

Resumo da entrevista da Maria Gadú na série Trampolim - por Ana Penna.


N
a noite de quarta feira (24) o Miranda abriu suas portas para mais uma edição do Projeto Trampolim ,comandado por Marcos preto , recebendo como convidada a cantora Maria Gadú.
Maria surge despojada de short e tênis, dando início ao bate–papo.
Perguntada sobre a energia que contagia o público quando a canção Dona Cila é interpretada, Maria descreve sua relação com a avó, seus hábitos, a presença marcante e a influência musical que recebeu durante toda sua convivência com Dona Cila. Uma ligação tão forte não renderia nada menos que algo emocionante .
Caetano não poderia ficar de fora da pauta da noite. A música “Quereres” vem desde a infância como algo marcante, apesar da complexidade de sua letra. Quando mais tarde todo esse sentido é discernido resolve tatua-la e considera a canção como algo que a define.
A parceria com Caetano veio com a inauguração de uma sala da GLOBOSAT, onde cada um apresentaria suas canções e algumas seriam em conjunto. Com a rotina dos ensaios nasceu uma relação de amizade, com clima leve que gerou a turnê.
Caetano não foi o único grande nome relacionado na conversa. Milton Nascimento; que estava presente na plateia teve grande importância em sua vida. O considera, a voz; e despertou boa parte do seu interesse musical.
Atualmente Maria Solidária esta entre as canções do repertório de sua turnê, não por conter o nome Maria, mas por remeter as boas lembranças da infância. Assim como Caetano o contato frequente serviu para estreitar laços. Quem sabe não venha uma parceria musical desse encontro.
Fotos de diferentes fases da vida da cantora foram mostradas e comentadas, desde a infância às apresentações em barzinhos.
Maria comenta o fato de hoje quase não se apresentar sentada em banquinhos e brinca que agora toca em pé e se solta mais que antes.
As fãs que a acompanham podem ficar tranquilas quanto à reação quando a conhecem, as cartas e atitudes muito emocionadas, pois cita sua admiração e que já fez coisas do tipo pela cantora Marisa Monte. Relembra o episódio de ter entregue uma carta antes de se tornar uma pessoa pública e depois morrer de vergonha  em reencontra-la .
A polêmica canção Shimbalaiê foi composta de maneira repentina, remete a boas coisas e uma pureza da infância, que hoje é relembrada com carinho, uma canção que guarda algo muito especial.
Para sua segunda composição existe um espaço enorme, que de acordo com suas memórias seria “Nosso altar particular”.
Conta das amizades e a importância desse apoio sempre presente em sua vida.
Em depoimento gravado, Leandro Léo se faz presente de forma emocionante, onde diz da importância da relação construída pelos dois, do apoio em momentos bons e ruins e principalmente por estar presente no nascimento de seu álbum solo.
Com tantos talentos a cercando o filme “Teus olhos meus”, do seu grande amigo Caio Sóh é citado por ter sido feito de forma independente e trazer canções de muitos amigos. Na composição da trilha sonora, surge o instrumental de Like a Rose que ganha letra posteriormente em parceria com Jessy Haris.
A conversa caminha para o fim e uma divertida senhora pede que cante “Quem”, música que faz parceria com Lenine e esta no álbum “Mais uma página”, Maria atende ao pedido e escolhe encerrar com uma canção que a acompanha desde a época dos bares e se faz fundamental quando surgem polêmicas a respeito de seu trabalho, coisas como ser um produto da mídia ou as comparações com outras cantoras que possuem estilos parecidos.
Como um desabafo sobre esses questionamentos, fecha a noite ao som de “A estrada” da banda Cidade Negra.

As canções da noite:

·         Dona Cila
·         Quereres
·         Maria Solidária
·         Diariamente
·         Shimbalaiê
·         Nosso Altar Particular
·         Like a Rose
·         Quem
·         A Estrada

- Texto: Membro Escudos da Gadú - Ana Penna -

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