sábado, 13 de outubro de 2012

Ator Leandro Léo grava CD com produção de Maria Gadú


O telefone de Leandro Léo toca às três da madrugada. Do outro lado, o poeta Caio Sóh, muito entusiasmado, quase que ordenando que o amigo comparecesse na mesma hora no Kaçuá, um bar no Recreio dos Bandeirantes, para conhecer uma cantora, “a futura grande revelação da música brasileira”.
“Foi logo que a Maria Gadú veio de São Paulo para o Rio. Cheguei lá e fiquei procurando a tal cantora. Como ela estava de boné e com o cabelo curtinho, não deu outra: a confundi com um garoto. Perguntei: “Cara, cadê a mina?’”, recorda Leandro Léo.
Na ocasião, ele, que está no ar na novela ‘Balacobaco’, da Record, como o personagem Vinagre, já era ator. Acontece que, naquele encontro que se estendeu madrugada adentro, começava uma amizade que deslancharia na estreia dela na produção de um disco. Justamente o dele, que já está prontinho para ser lançado.
“Perdi a virgindade como produtora”, comemora Maria Gadú. “Não sei como é exatamente esse lance de ser produtora, mas fiz o meu melhor, e foi muito legal a experiência. O disco é quase todo de músicas dele com parceiros, como o Dani Black. Fizemos uma versão para ‘Firmamento’, do Cidade Negra, e eu toco guitarra, violão e canto em várias músicas”, detalha.

Desde o primeiro encontro naquele boteco no Recreio, a amizade dos dois cresceu bastante. Tanto que, principalmente depois de alguns beijos calientes que trocaram no palco em participações dele nos shows dela, não demorou para surgirem boatos de que eles estavam tendo um caso.
“A galera gosta de falar isso. A verdade é que a gente tem uma afinidade gigante e muita intimidade. Moramos juntos durante um ano. As pessoas podem falar o que quiserem, mas o que nós somos mesmo é superamigos”, garante Leandro Léo. O disco, de 14 faixas, vai se chamar ‘Rei Da Palavra’. As gravações foram feitas com os músicos “internados” durante 11 dias no estúdio Toca do Bandido, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio, no maior clima hippie.
“Foi feito da mesma forma que a Cássia Eller e sua banda faziam, com todo mundo junto todo dia, almoçando junto”, descreve ele. “Eu já tenho essas músicas prontas há uns quatro anos, e até podia ter lançado esse disco, mas nunca achei que era a hora certa para isso. Se fosse feito antes, não teria conseguido a Maria Gadú disponível, por exemplo”, ressalta.

- O Dia -  

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