terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Maria Gadú volta diferente no disco 'Mais Uma Página'







“Cantando eu vivo em movimento / E sem ser mais do mesmo / Ainda sou quem era”, avisa Maria Gadú nos versos iniciais de ‘No Pé do Vento’parceria com Edu Krieger que abre seu segundo disco de estúdio, ‘Mais Uma Página’’. O CD surpreende. Em vez de clonar a fórmula radiofônica do primeiro álbum, a artista investe em som diferente, ora febril (como em ‘Reis’, parceria com Ana Carolina e Chiara Civello), ora etéreo (como na bela regravação de ‘Amor de Índio’, hit de Beto Guedes, envolvido em atmosfera de paz). 

É fato que a compositora não apresenta canções de imediata empatia popular em ‘Mais Uma Página’. Da lavra de Gadú, a delicada ‘Estranho Natural’ é a canção que mais se conecta com o primeiro CD da artista. Fãs de ‘Shimbalaiê’ vão estranhar o tom inflamado e urgente de ‘Quem?’, faixa autoral cantada por Gadú com Lenine. A tensão se repete na batida seca de ‘Axé a Capella’, tema de Luísa Maita com Dani Black, autor também da funkeada ‘Linha Tênue’.
Extrapolando a fronteira brasileira, Gadú canta também em inglês e espanhol. As faixas em inglês, ‘Like a Rose’ (gravada com orquestra filarmônica) e ‘Long Long Time’, são parcerias com Jesse Harris, colaborador da cantora e compositora norte-americana Norah Jones. 

Já ‘Extranjero’ é a (bela) canção entoada em espanhol. Com alma de fado, inclusive por ser cantada com a voz lusitana de Marco Rodrigues, ‘A Valsa’ é outra faixa que mostra que Gadú se movimenta em evolução. Ela virou a página com classe.



- O Dia -

Nenhum comentário:

Postar um comentário