sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Maria Gadú e a nova MPB


No entanto, nota-se um surgimento de uma nova MPB brasileira, no sentido sonoro do gênero, que vem tomando conta do gosto popular, e quebrando fronteiras internacionais. Maria Gadú é, na minha opinião, com certeza o maior expoente do acontecimento. E o meio que alçou a cantora ao sucesso foram as novelas,  símbolo cultural cotidiano dos brasileiros.
Depois de mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro, tocar em barzinhos e chamar a atenção de cantores como Caetano Veloso e Milton Nascimento, Gadú (que vem do sobrenome Aygadoux) encantou o diretor da Globo Jayme Monjardin, que a colocou (“Ne Me Quitte Pas“) na trilha sonora da minisérie que retratava a vida de sua mãe, Maysa.
Depois daí um CD foi lançado, o homônimo Maria Gadú, e colocou “Shimbalaiê”, o maior sucesso radiofônico, “História de Lilly Braun” e “Linda Rosa” em três produções da Globo, num intervalo de poucos meses. 
Hoje comenta-se em uma superexposição da cantora no país, devido ao estrondoso sucesso, as parcerias a que foi chamada, que incluem Caetano Veloso à Xuxa, e as fofocas que envolvem sua opção sexual, homosexual. A gravadora Som Brasil então, nada esperta, em parceria com a Sony Music, lançou a cantora no exterior e hoje goza de um Top 10 na Itália.
Maria Gadú hoje segue os passos de artistas mais eruditos como Caetano Veloso e Seu Jorge, e investe na carreira internacional. Hoje, é exemplo de como trazer grandes talentos inacessíveis ao sucesso popular, provando que MPB ainda pode ser mainstream e que o povão não gosta só de lererês.

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